Editora - Glaciar, Março de 2024
A Catavento
Eras imemorial e um corpo de latitudes e loucura
Bebiam-te os homens
Entornavam-se
Rasgavam-se
Lancinados e apoteóticos
O deslumbre
Uma manutenção
As estradas o alcatrão
Tudo jazia perante ti
Tudo
Até as virtudes se desfeneciam
Direitos de autor: Cecília Barreira
Este foi o seu último livro, cáustico e por vezes cómico, onde sobressai a desilusão e acidez.
No primeiro poema referencia a Madrinha, uma pessoa de extrema importância na vida dela.
O seu bairro de Benfica e o Natal, aqui feliz!
____________Cecília Barreira deixou-nos no dia 12 de Setembro de 2024, e gostaria de ser lembrada como a Poeta de Lisboa.
"(...) E assim morre feliz
e assim não sofre
Lisboa a minha amada
É no teu ventre que eu quero ser lembrada"
( Poema: A minha amada Lisboa e a poesia)
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