"a sul da memória" 1987, segundo livro de poesia
A sul da memória ainda se reúnem os tempos das colheitas de um outro sentir.
Ofereço-te a cidade que me flutua na quase noite para te ancorar nos braços de uma saliva antiga, aquela com que te sulquei breve, feroz, febril, tanto o ofício de núcleos e explosões me foi dado cativar nos olhos que eram os teus. Hoje é o último dia do sul da minha memória. Imóvel, atravessá-lo-emos, sem que eu perdoe esta saudade regular, eu sei, de objetos quebrados.
Direitos autorais de Cecília Barreira e Europress
"Não me lembro dos amigos que partem.
Mas a notícia dos que encontraram ressoa-me"
- Sara Rocha Cardoso - Administradora do blog
Sem comentários:
Enviar um comentário